Um estudo realizado por pesquisadores da Clínica Mayo questiona a precisão da tradicional fórmula para o cálculo da frequência cardíaca máxima durante o exercício físico, ou seja, 220 menos a idade (180 batimentos por minuto em uma pessoa de 40 anos, por exemplo).
Analisando cerca de 25 mil testes de esforço, os pesquisadores norte-americanos descobriram que a fórmula padrão para estimar o pico da frequência cardíaca durante o exercício pode ser falha, pois não leva em conta as diferenças de gênero.
A tradicional fórmula 220 menos a idade tem sido utilizada há décadas para calcular a frequência cardíaca máxima e submáxima durante o exercício e o teste esforço, mas um estudo liderado pelo Dr. Thomas Allison, da Clínica Mayo (Rochester, Estados Unidos), mostrou diferenças significativas entre homens e mulheres.
Os pesquisadores propuseram fórmulas atualizadas para refletir o declínio da frequência cardíaca de pico com a idade de acordo com o sexo, pois este é mais gradual nas mulheres do que nos homens. A fórmula proposta é que em mulheres com idades entre 40-89 devemos esperar que a sua frequência cardíaca máxima seja 200 menos 67% da sua idade, e para os homens 216 menos 93% da sua idade.
Desta forma, a frequência cardíaca máxima ao esforço seria maior entre mulheres do que em homens da mesma idade, quando comparamos com a frequência cardíaca máxima obtida pela fórmula classicamente utilizada.
Fonte: American College of Cardiology 2014.
Autor: Dr. Tufi Dippe Júnior - cardiologista de Curitiba - CRM / PR 13700