A importância do tratamento dentário antes de cirurgias do coração

As cirurgias de reparo e troca de válvulas cardíacas são muito comuns, algumas associadas à malformações congênitas dessas estruturas do coração, sequela de moléstia reumática ou por processo degenerativo associado ao avanço da idade.

A presença de focos dentários de infecção (exemplos: gengivas inflamadas, dentes em mau estado de conservação e até abcessos) pode predispor à bacteremia (passagem de bactérias para a circulação sanguínea) e consequente infecção da prótese cardíaca recém colocada, uma doença chamada de endocardite bacteriana.

A endocardite bacteriana é uma doença muito grave, que exige internação e tratamento prolongados com antibióticos. Muitos casos necessitam de tratamento cirúrgico.

Esse risco não se limita apenas à troca de válvulas cardíacas, mas também aos casos de plástica valvar (reparo de uma válvula defeituosa) ou de implante de dispositivos cardíacos de uma forma geral (exemplo: marcapasso artificial e cardio-desfibrilador implantável para tratar arritmias graves).

O recomendado é que os pacientes sejam submetidos ao tratamento odontológico pelos menos duas semanas antes do procedimento cardíaco. Deve-se evitar a intervenção odontológica muito próxima à cirurgia cardíaca, a não ser que esta seja de urgência, ou seja, nos casos em que há risco de vida imediato para o paciente.

Fonte: Portal Cardiopapers.

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